Elias e Lucia
Oi, Thida,
Correu tudo bem em nossa viagem.
Gostamos muito de Mamirauá e da Pousada Uacari.
Foi uma experiência diferente estar numa instalação flutuante. As acomodações são rústicas, mas confortáveis. À noite, o ranger e bater das madeiras atrapalha quem tem sono leve. Por outro lado, o ruído da água passando "por baixo" do quarto é relaxante.
O período que ficamos (4 noites) não foi suficiente para entediar. Ao contrário, poderíamos ter ficado mais alguns dias.
Sendo época de cheia, todos os passeios foram de barco (a motor ou a remo). Só pisamos em terra na visita a uma comunidade ribeirinha, onde a água já havia baixado.
A equipe da pousada Uacari trabalha em regime de rodízio, o que permite que vários integrantes de comunidades inseridas na Reserva possam participar da renda gerada pelo empreendimento -- ótima iniciativa!. O grupo que nos atendeu foi muito bom: guias, barqueiros, equipe de manutenção, cozinha. Aliás, cabe um destaque à equipe da cozinha, pois passamos muito bem nesta parte.
É um destino que todos os brasileiros deveriam conhecer -- já estivemos em Anavilhanas, em 2010, que também é um excelente passeio, mas, em Mamirauá, nos sentimos mais no "meio" da floresta. Nesses tempos difíceis para "nossa" floresta, o turismo é uma forma de nos sentimos mais "perto" dela. Depois de ver (ao vivo) o macaco Uacari, o macaco-de-cheiro, o preguiça com seu filhote, as aves, répteis, e mesmo os insetos e aranhas, e, claro, a exuberância vegetal, você sofre mais ao pensá-los carbonizados ou mesmo "sem-teto" ou, pior, extintos.
A Amazônia, assim como o Pantanal ou as regiões de cerrado, é um destino que nos impele ao retorno.
Atenciosamente
Elias e Lucia